ATA DA CENTÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 06-11-2014.

 


Aos seis dias do mês de novembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Dr. Raul Torelly, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Professor Garcia, Roni Casa da Sopa, Séfora Mota e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Idenir Cecchim, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mario Manfro, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei do Legislativo nº 227/14 (Processo nº 2487/14), de autoria do vereador Delegado Cleiton. Também, foi apregoado Ofício nº 1001/14, do Prefeito, encaminhando Veto Parcial ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/14 (Processo nº 1907/14). Do EXPEDIENTE, constou Notificação do Portal de Convênios. Após, foi apregoado o Memorando nº 047/14, de autoria do vereador Professor Garcia, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, comunicando que o vereador Mauro Pinheiro representará externamente este Legislativo no Lançamento da Campanha Superpremiada da Associação Gaúcha de Supermercados – AGAS –, às quatorze horas e quinze minutos do dia de hoje, em Porto Alegre. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 030/14, de autoria do vereador Clàudio Janta, deferido pelo Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo na 8ª Conferência Internacional do Bioma Pampa, nos dias sete e oito de novembro, no município de Santana de Livramento – RS. Em continuidade, o Presidente declarou empossado na vereança, em substituição ao vereador Bernardino Vendruscolo, em Licença para Tratar de Interesses Particulares, o suplente Rodrigo Maroni, informando que Sua Senhoria integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL – CEFOR. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Vera Justina Guasso, Diretora Coordenadora do Sindicato em Processamento de Dados no Estado do Rio Grande do Sul – SINDPPD/RS –, que discorreu sobre o número de cargos de confiança na Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre – Procempa. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores Idenir Cecchim, Fernanda Melchionna e Airto Ferronato manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Os trabalhos foram suspensos das quatorze horas e quarenta e um minutos às quatorze horas e quarenta e dois minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Mônica Leal, Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Idenir Cecchim e Sofia Cavedon. Após, foi apregoado o Memorando nº 041/14, de autoria do vereador Márcio Bins Ely, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do Regimento, sua participação, do dia nove ao dia quinze de dezembro do corrente, em Reunião do Conselho Mundial da Internacional Socialista, na sede da Organização das Nações Unidas – ONU –, em Genebra, Suíça. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os vereadores Delegado Cleiton, Lourdes Sprenger, Alberto Kopittke, Sofia Cavedon, Engº Comassetto e Márcio Bins Ely. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Idenir Cecchim, Mario Fraga e Tarciso Flecha Negra. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 140, 216 e 219/14, e o Projeto de Resolução nº 024/14. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Alceu Brasinha. Às dezesseis horas e dezessete minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Raul Torelly, Professor Garcia e Guilherme Socias Villela e secretariados pelo vereador Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Apregoo o Memorando nº 047/14, de autoria do Ver. Professor Garcia, comunicando que o Ver. Mauro Pinheiro representará esta Casa no evento da Associação Gaúcha de Supermercados – Agas, a partir das 14h15min de hoje, conforme convite em anexo.

Apregoo o Memorando nº 030/14, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que solicita representar esta Casa na 8ª Conferência Internacional do Bioma Pampa, no município de Santana de Livramento, nos dias 07 e 08 de novembro, com deslocamento no dia 06, sem ônus para esta Casa.

A Mesa declara empossado o Ver. Rodrigo Maroni, em substituição ao Ver. Bernardino Vendruscolo, que estará de licença no período de 06 a 19 de novembro, e integrará a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul – CEFOR. Seja bem-vindo, Vereador.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Tribuna Popular de hoje terá a presença do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no Estado do Rio Grande do Sul - Sindppd/RS, que tratará de assunto relativo ao número de cargos de confiança na Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre - Procempa. A Sra. Vera Justina Guasso, Diretora Coordenadora, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

A SRA. VERA JUSTINA GUASSO: Boa tarde a todos e a todas, eu gostaria, em nome do Sindppd/RS, de agradecer o espaço, na figura do Presidente Professor Garcia, agradecer à Câmara, aos Vereadores e às Vereadoras da Casa. Não é a primeira vez que a gente participa deste espaço. Estivemos aqui em 2010, depois estivemos, não exatamente neste mesmo espaço, em 2013, quando da CPI da Procempa.

O que nos traz aqui hoje é um tema muito caro, muito importante para os trabalhadores da companhia e para o sindicato. Temos aqui a presença de vários diretores do sindicato, o Carlos Renato, o Leandro Machado, o Deobrandino, o Cid, o colega Ayuda, da comissão de trabalhadores, o Pachaly, a Clarisse, o Lang, a Margot, o César, e também vários colegas trabalhadoras e trabalhadores da casa que estão aqui prestigiando este importante momento.

O tema, como eu disse de início, é recorrente, por conta de uma situação que a Procempa viveu, e, na nossa opinião, ainda existem rescaldos daquele processo. Nós estivemos aqui em 2010 para denunciar uma série de irregularidades que depois acabaram estourando em fortes denúncias na televisão, no rádio, na mídia impressa em relação a desmandos, corrupção, número de CCs; denúncias que inclusive estão sendo apuradas até hoje.

O fato mais central neste momento é o número de CCs. A Procempa, na nossa opinião, deveria ter apenas três cargos de fora do seu quadro para os diretores. Mas a realidade é outra e não vem de hoje, nem de pouco tempo. A realidade da Procempa vem lá do início dos anos 2000. E eu queria trazer um número de 2004 para os Srs. Vereadores: a Procempa tinha pouco menos de 300 trabalhadores e tinha, na época, 21 cargos em comissão internos e 10 externos, com 31 ao todo. Em 2012, com pouco mais de 300 trabalhadores na casa, a Procempa tinha 62 CCs externos e 24 internos. Então, passou de 31 para 86, sendo que o grosso disso eram externos. Em 2012, o Prefeito Fortunati encaminhou uma lei, a Lei nº 8.413/2012, na qual constavam também mais duas empresas, em que havia uma proposta de reduzir de 86 para 63 cargos, e o argumento era centralmente a redução de custos; haveria redução de custos na ordem de R$ 6 milhões com essa redução de CCs. Essa lei também previa que 80% dos cargos vagos de supervisão, preferencialmente, deveriam estar na mão de funcionários do quadro de carreira. Esse primeiro fato já está fora de questão, não existe; hoje, dos 29 supervisores, somente 17 são da casa, então não está conforme o previsto na lei. E, com relação à redução de custos, o fato é que, com a mudança na lei, houve um crescimento de mais R$ 3 milhões na folha. Então, não só não diminuiu R$ 6 milhões, como cresceu mais R$ 3 milhões, e hoje a folha de cargos em comissão é de R$ 12 milhões. Pasmem, Vereadores da Casa: 12 milhões de reais é o valor da folha dos cargos em comissão! Em vez de diminuir, cresceu mais R$ 3 milhões, somaram, e agora estamos em R$ 12 milhões!

Um outro fato: a empresa tem 6 gerentes, dos 6 gerentes, que são os que comandam diretamente os produtos da Casa, 1 é da casa, e os outros 5 gerentes são de fora da Procempa; quadro que historicamente era diferente antes de 2004. O Setor de Contratos tem 5 trabalhadores, e 3 desses são CCs externos; de 5 do Setor, 3 são supervisores, então 3 supervisionam 2 trabalhadores. Num setor que poderia ter 5 ao todo, 3 são supervisores. Tem gente que não supervisiona ninguém, porque faltam funcionários. Um outro setor tem 2 supervisores, e esses são de partidos diferentes, sempre, obviamente. A alteração da lei também previa reduzir 3 supervisões. O fato é que essas 3 supervisões que estariam no projeto para serem reduzidas estão vagas desde o ano passado, então não trouxe nenhuma economia porque os cargos estão vagos - e chegou aqui à Câmara essa proposta de redução desses 3 supervisores.

Como eu havia falado, o custo, hoje, para CCs, é de R$ 12 milhões/ano. A redução que teria sido indicada, mas que não vai existir, porque estão ocupadas as vagas, seria de R$ 800 mil. A comissão de trabalhadores, que tem tido um papel muito importante, buscou um diálogo com o Prefeito, enviando uma nota em 2013, sugerindo um debate interno na Procempa e também junto à Prefeitura, no sentido de descobrir o tamanho da Procempa. O Prefeito respondeu a esta nota, dizendo que achava importante o debate, que tinha convicção de que era para fortalecer a Procempa, mas, de lá para cá, de setembro de 2013, nenhum tema internamente foi tratado.

Outro fato importante e relevante é que o ex-Presidente, Sr. Maurício, esteve depondo na CPI da Procempa aqui nesta Casa em 2013, e ele assumiu uma posição muito importante. Ele disse aqui, está gravado no seu depoimento, que tinha acordo, que concordava com as críticas da lei de 2012, em relação ao número e aos valores gastos, e disse que o Prefeito Fortunati e o Vice, Sebastião Melo, também tinham concordância com a opinião dele, de que era necessário mudar profundamente a lei de 2012, lei essa que havia colocado lá esses CCs.

Vamos agora fazer uma comparação: neste mesmo dia que se criou a lei dos CCs na Procempa, também se criou CCs para a Carris e para a EPTC. Na Carris, foram criados 63 cargos, e a proporção de CCs para o número de trabalhadores é de 2,12%; na EPTC, foram criados 41 CCs, e a proporção é de 4,07%; na Procempa, foram criados 63 CCs, e a proporção ficou em 18%. Ou seja, enquanto nas outras empresas a proporção ficou entre 2% e 4% - o que já não é bom, a gente sabe que os trabalhadores dessas empresas fizeram questionamentos e críticas a essa situação que aconteceu nessas duas empresas.

Vejamos porque existem tantos CCs na Procempa. Vejamos quanto é o maior valor de salário de um CC: R$ 15.600,00 e mais a FG de R$ 9.700,00. Então, é muito bom, é muito bom estar premiado como um CC na Procempa! Vai dar um valor de mais de R$ 23 mil. O menor valor é de R$ 3.327,00 e mais FG de quase R$ 2 mil. Então, o menor valor vai dar em torno de R$ 5 mil. É por isso que a situação da Procempa está como está, de um quadro de CCs, os quais não têm análise técnica, que não têm organograma, que não se sabe o que fazem, por que estão lá, que estão dispersos entre os vários partidos da coligação da Prefeitura. Para vocês terem uma ideia, mas um dia podem perguntar se os trabalhadores fizeram nada? Os trabalhadores fizeram. Fizemos uma assembleia há poucos meses e acionamos judicialmente. Por quê? Além de altos salários, os CCs da Procempa estavam ganhando, contrariamente ao que diz o plano de cargos e salários daquela empresa, benefícios acima do que prevê o acordo coletivo de trabalho, anuênios e cesta rancho bastante acima do que deveriam estar percebendo. O Sindicato entrou na Justiça por deliberação da assembleia dos trabalhadores que estão preocupados.

E finalizo dizendo que, se fossem reduzidos 50% dos valores somente, de imediato, teríamos uma economia de R$ 5 milhões ao ano, um dinheiro tão importante, que nós sabemos que faz falta para os serviços que a população tanto necessita nas empresas, na saúde, na educação e no transporte coletivo da nossa cidade de Porto Alegre. Essa é a realidade que nós queríamos trazer aqui para esta Casa para que se entenda a gravidade do problema e o enorme custo que se está tendo sem nenhum benefício para os cofres públicos e para a população da cidade de Porto Alegre.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Vera, Diretora do Sindppd/RS. Convidamos a Sra. Vera Justina Guasso a fazer parte da Mesa.

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Villela, ex-Secretário, Presidente Vera, embora eu e a senhora nunca concordemos em algumas coisas, desta vez, tenho que lhe dizer que estamos de acordo. Eu fiz uma lei que está em tramitação nesta Casa no sentido de que nenhum CC da Procempa, da Carris, de qualquer estatal possa ser maior do que os CCs que existem na Prefeitura, no Executivo. Porque eu sei que, na Procempa, há salários de CCs lá em cima, não sei se R$ 20 mil, R$ 16 mil ou R$ 17 mil. Isso é um absurdo, concordo também, há uma lei em andamento aqui na Casa, está nas comissões, para evitar justamente isso. E eu também sou parceiro: quando é para fazer economia do dinheiro público, a senhora pode ter a certeza de que eu concordo, assim como a colega Ver.ª Lourdes e o nosso Presidente. Se é para fazer economia de funções que não ajudam, a Bancada do PMDB se posiciona favorável. Eu, por exemplo, acho que diretor comercial ou gerente comercial - não sei como se chama este cargo lá - na Procempa é desnecessário. A Procempa presta serviço para o Município; acho que não precisa de um gerente para vender qualquer coisa para a RBS ou para quem quer que seja. Se as pessoas precisam das linhas de dados da Procempa, vão lá e compram. Não há necessidade de ter alguém ganhando 20 e poucos mil reais para fazer esse trabalho. Então, nesse sentido, não só a senhora, como o sindicato, os funcionários da Procempa podem contar conosco para economizar dinheiro público onde não é necessário. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, queria cumprimentar a Vera Guasso, Presidente do Sindppd/RS, junto com os outros coordenadores e lutadores da Procempa, e dizer, primeiro, do pioneirismo dessa entidade nessa luta, que se transfigurou, depois, numa CPI da Câmara, em função de uma série de denúncias que, há muito tempo, os trabalhadores vinham fazendo em relação ao verdadeiro cabide de empregos em que se transformou a Procempa. Cabide de empregos de gente envolvida em outros escândalos de corrupção, que acabaram gerentes, diretores. Durante muito tempo - inclusive em 2010, foi lembrado pela Vera Guasso -, isso foi denunciado aqui na Câmara de Vereadores pela oposição, um loteamento da máquina pública, para contemplar os partidos aliados do Governo e, ao mesmo tempo, a farra com os recursos públicos, altos salários e gente envolvida numa série de coisas, cumprindo funções que, obviamente, não tem nenhuma formação técnica, tão pouco política, no caso da Procempa.

Então, eu acho que o Sindicato está de parabéns, porque se não fosse a sua atuação, nós não teríamos visto uma série de irregularidades caírem na imprensa, que depois geraram uma CPI em que ficou comprovado um rombo de cerca de R$ 50 milhões na Procempa, desvio de recurso público de todas as maneiras que se possa imaginar e, ao mesmo tempo, uma farra com os recursos públicos.

Depois nós vimos essa declaração do Governo, de que cortaria CCs, Vera, em toda a estrutura do Paço Municipal. Isso não aconteceu; não cortaram sequer os 10% que eles disseram que cortariam dos cargos em comissão diante - entre aspas - da sangria das finanças públicas, porque, na hora de dar aumento para os trabalhadores da Procempa, na hora de dar aumento para os municipários, sempre tem crise nas finanças. Bom, não teve sequer a redução de 10%; agora, no caso da Procempa, nós vemos esse projeto que, na verdade, são supervisões que não estão ocupadas e, ao mesmo tempo, setores com cinco trabalhadores, sendo que três são CCs de certo um coordena si próprio. É uma vergonha! É um cabide de empregos! Conte conosco nessa luta!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente; amiga Vera, Presidente lá do nosso Sindicato, quero trazer um abraço, em meu nome e em nome do Ver. Paulinho Motorista, em nome do nosso partido, aos servidores da Procempa que nos acompanham na tarde de hoje.

Eu sou funcionário público desde 1974. Trabalhei na União, no Estado e no Município, compreendo quando se fala no alto salário. Em primeiro lugar, quero falar da importância do projeto do Ver. Cecchim, para que haja uma isonomia em toda Prefeitura de Porto Alegre. O Ver. Cecchim pode contar conosco nessa jornada. Em segundo lugar, quando nós dizemos “altos salários”, eu acredito que nós precisamos pensar no salário justo, na remuneração justa para o servidor público. Quando se fala, por exemplo, na gerência comercial, sobre a qual também o Ver. Cecchim fala, eu acredito que, nessas áreas estratégicas, de ponta, das nossas entidades do setor público - citamos a Procempa -, é indispensável a designação de servidor de carreira. Eu acredito que existem as funções políticas, mas existem as funções técnicas, que são relevantes no sentido de conduzir o ente público para resultados positivos. Portanto eu não sou... Estou falando em tese, discordo da ideia de que não se precise, talvez, do gerente comercial; não; é preciso que se coloquem servidores públicos nos cargos de ponta nas Secretarias. Obrigado, um abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Agradecemos a presença da Sra. Vera Justina Guasso, Diretora Coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados no Estado do Rio Grande do Sul. Quebrando o protocolo, quero dizer da alegria em vê-la aqui, falo como professor à minha ex-aluna. Vera, continues batalhando! Esta Casa está sempre à disposição. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h41min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Social Villela – às 14h42min): Estão reabertos os trabalhos.

A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, ocupo esta tribuna neste momento, mas gostaria de ter feito isso ontem, imediatamente ao tomar conhecimento da manifestação do Ver. Kopittke, e adianto que ele está sabendo da minha fala, porque eu tenho por característica pessoal e profissional lutar, usar armas limpas num debate. Eu o avisei ontem, que usaria a tribuna para falar da manifestação dele, aqui, ontem.

Para esclarecer, eu sou jornalista, participo semanalmente de um programa na televisão, a TV Pampa, no qual sou comentarista, e, como tal, faço os meus comentários, e tenho plena liberdade para isso, porque vivemos num país democrático.

O Ver. Kopittke está chegando ao plenário, e, enquanto eu subia na tribuna, eu avisei que iniciaria a minha fala. O meu comentário no programa de terça-feira foi sobre a manifestação em Porto Alegre, da qual eu participei, porque eu sou uma dos 51 milhões de brasileiros que não votaram na Presidente Dilma, democraticamente eleita. Não votei na Presidente Dilma, e, como tal, sou oposição, e assim, respeitosamente, faço meu manifesto. Sempre que posso, faço meu manifesto, porque não concordo com o modelo da Presidente Dilma de governar. Bem, eu contei, na televisão, que participei do movimento Tá na hora de pôr o gigante para andar, que chamou para às ruas os brasileiros que estão insatisfeitos com o cenário político brasileiro e que não se sentem representados pelo atual Governo, assim como eu. O ato foi combinado pela Internet e reuniu milhares de pessoas pelo Brasil inteiro – eu participei, aqui, em Porto Alegre. O movimento saiu do Parcão – o encontro foi no moinho –, e nós caminhamos até o Tribunal Regional Eleitoral, entregando cartazes, pedindo uma auditoria independente nas urnas; esse foi o movimento. Agora, eu sou surpreendida - e o Ver. Kopittke sabe disso, porque falei antes de subir a esta tribuna - com a fala do nobre colega, que disse – e eu tenho as notas taquigráficas aqui – que ouviu, que assistiu a uma Vereadora desta Casa – eu sempre prefiro que deem nomes aos bois – pedir pela volta do golpe militar no País. Daí em diante, ele coloca que viu essa colega defendendo, o que é legítimo, porque vivemos em um País democrático, mas, lá pelas tantas, também, o Ver. Kopittke faz um comentário, se direcionando ao Ver. Comassetto... Vozes radicalizadas, raivosas, xiitas, da direita brasileira, que clamam pela volta da ditadura militar, agora, sem vergonha – antes, elas até tinham um certo pudor, e, agora, perderam a vergonha.

O que eu quero dizer com isso, senhores? Eu sou filha de militar, com muito orgulho, carrego isso; aliás, foi o que esculpiu o meu perfil pessoal e profissional. Eu penso que as pessoas não têm o direito de dar asas à sua imaginação contando que ouviram, que assistiram, quando, na verdade, isso não ocorreu. Então eu subo a esta tribuna, hoje, para dizer do meu descontentamento, da minha tristeza por isso ter ocorrido. Eu assumo todas as minhas falas, todas as minhas convicções. Quero aproveitar a oportunidade para dizer por que eu fiz esse programa. Vejam bem, senhores, na Internet tem um manifesto de um cidadão chamado Rogério Silva, líder do Coletivo XV de Novembro – Socialismo ou Morte, onde ele diz: “Atenção camaradas, não podemos deixar esse movimento coxinha crescer.” Nós somos o movimento coxinha, ou seja, aqueles que não concordam com o PT, com a esquerda, são coxinhas. Coxinhas são empanadas, salgadinhos, só que na política são todos aqueles que não concordam, que não compactuam com o mesmo sentimento. Um dos itens que ele coloca aqui: “Ridicularizar os coxinhas, tirando sarro do número de participantes; Incitar os líderes do movimento coxinha a fazer declarações racistas ou separatistas e usar tudo isso como evidência para então entregarmos um dossiê completo às autoridades.”

Eu fiz a TV Pampa, como faço e farei por todos os dias da minha vida, porque sou uma jornalista com muito orgulho, e disse que a corrupção se instalou neste País em todas as áreas, em todas as instâncias, em todos os Partidos; e eu sou contra a corrupção seja na oposição ou na situação. E com muita preocupação eu tenho falado sobre isso e sobre a necessidade das reformas, a reforma política, a reforma do Código Penal que tem uma impunidade declarada, um Código que tem mais de 70 anos e que permite que uma assassina como a Suzane Von Richthofen possa escolher se vai ficar no presídio ou fora dele, porque arrumou uma namorada.

Essa é a minha maneira de pensar e defender as minhas convicções. Subi a esta tribuna para registrar a minha tristeza com a fala do Ver. Kopittke; ontem mesmo já compartilhei isso com ele. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhores e senhoras, o Conselho Regional de Administração instituiu o Prêmio Docência Universitária e fez a entrega do prêmio da sua primeira edição, recentemente. Quero registrar que foram agraciados com este prêmio, dentre outros, os nossos professores da Faculdade São Judas Tadeu, David Iasnogrodski, que completou 34 anos de docência e o nosso Professor Idalécio Sobotyk, 35 anos de docência na Faculdade São Judas Tadeu, na qual eu tive a honra e a satisfação de lecionar por mais de 15 anos.

Primeiramente, eu quero trazer os meus cumprimentos à Faculdade que completa 68 anos de existência e dizer da importância da Faculdade no conceito e no seio da Cidade de Porto Alegre e região metropolitana, e trazer o nosso abraço fraterno e carinhoso aos nossos dois agraciados: o Professor David, que inclusive, atua aqui na Câmara Municipal, e o professor Idalécio, com seus mais de 30 anos de serviços prestados à Educação, à docência, aqui na nossa Capital. Dois professores renomados. Portanto, deixo aqui o nosso fraterno abraço a eles, registrando a importância desta homenagem. Naquele mesmo momento também foram homenageados os Professores de Administração: César Augusto Tejera De Ré, João Carlos Bernardo da Rosa, José Eduardo Zdanowicz, Renato Luiz Tavares de Oliveira e o Professor Walter Meucci Nique. Portanto, a esses Professores e amigos o nosso abraço e o reconhecimento da Câmara Municipal e da Cidade de Porto Alegre pelos serviços prestados à formação de jovens, homens e mulheres, que hoje atuam no mercado de trabalho, e daqueles alunos que ainda lá estão buscando a conclusão de seus cursos. O nosso abraço, em nome do nosso partido, do Ver. Paulinho, a todos os Professores homenageados, especialmente aos Professores da São Judas Tadeu, David e Idalécio. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. Airto Ferronato. O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, muito boa tarde; Sr. Presidente, ex-Prefeito Villela; falo aqui em nome da Liderança do Partido dos Trabalhadores, em nome da Ver.ª Sofia Cavedon, e venho aqui estabelecer um diálogo com a fala anterior da Ver.ª Mônica Leal que, adequadamente, corretamente e respeitosamente, criticou a minha fala de ontem, especificamente no ponto em que eu atribuo a ela uma fala de apoio a uma intervenção militar. E a Vereadora tem razão. Eu venho aqui, antes de tudo, para pedir desculpas. Nós estamos, como homens públicos, sempre passíveis de equívocos. E o equívoco, eu lhe mostrei ontem, foi a mensagem que recebi pelo Facebook, a pessoa cometeu esse equívoco, eu deveria ter checado a fonte. A senhora, como jornalista, sabe, e eu não o fiz.

Então, antes de tudo, as minhas desculpas e peço a correção dessa minha fala nos Anais, se for possível, ou que registrem aqui. Espero que a senhora aceite as minhas desculpas, pois temos estabelecido – independente de divergências – uma ótima relação de trabalho na nossa Comissão em prol da Segurança, como tem que ser entre pessoas públicas que realmente primam por uma gestação pública mais qualificada e ética.

Dito isso, preciso dizer o porquê cometi o meu erro e o porquê da minha alegria de ouvi-la dizendo da sua contrariedade às pessoas que têm, sim, saído às ruas pedindo pela volta do golpe militar. Efetivamente, não queria que fosse na forma de um equívoco meu, mas eu digo da minha alegria em ouvir a sua manifestação repudiando aqueles que pedem a volta do regime militar, porque isso ainda não tinha acontecido pelas Lideranças da direita aqui na nossa Câmara de Vereadores. Não havia ainda nenhuma voz conservadora aqui, na nossa Câmara, repudiado, Ver. Cecchim, os pedidos pela volta da ditadura. Eu acho que isso é importante, porque existem pessoas radicalizadas dos dois lados. Algum tempo atrás, nós debatemos muito os black blocs. Agora, os black blocs, contra a democracia, estão nas ruas, portando cartazes, pedindo a volta da intervenção militar; organizadas essas manifestações a que a senhora fez referência, aparentemente, pedindo a recontagem de votos, o que é legítimo, eu não sei por que não fizeram a recontagem, podem fazer!

Agora, vários blogueiros estão mostrando que essas manifestações estão sendo organizadas por uma ONG de São Paulo, que tem a sua sede em Washington e já passou por vários processos de golpe militar na América Latina, a ONG No Corrupt – o CNPJ dela está no site. É uma ONG que descaradamente opera em nome de alguns setores norte-americanos, na América Latina, para desestabilizar governos de esquerda. Então, isso existe também, e é importante que todos saibam, até para se dizerem contrários, até para se manifestarem: “Olha, com isso eu não concordo”, e é importante que o façam, é importante que criemos um ambiente democrático, demarcando claramente aqueles que têm a defesa da democracia.

E eu trago as fotos das manifestações (Mostra fotografias.) para mostrar que eu fui equivocado, efetivamente, sobre a sua posição e fui – já pedi aqui as minhas desculpas –, mas aqui está a manifestação pedindo intervenção, várias e várias manifestações. E são as lideranças políticas da direita brasileira que têm que travar esse movimento. Como de certas manifestações, de certos setores, eu sempre ouvi falas elogiosas sobre a ditadura, que chamavam de revolução; nunca ouvi portarem nenhuma fala contrária aos milhares de casos de tortura, às centenas de desaparecimentos forçados. Eu acho que agora precisam, sim, falar e reafirmar o seu compromisso democrático, porque os seus black blocs estão nas ruas – os black blocs da direita, golpistas, que ainda sonham com intervenções militares –, estão aí, nas ruas, nas redes, pedindo, não aceitando, não reconhecendo a democracia, e cabe a cada um de nós reafirmar esse compromisso democrático.

Agradeço a oportunidade do debate, e, acima de tudo, acima das diferenças, das divergências de opinião, a reafirmação da democracia, e por isso eu fiquei muito feliz de ouvir aqui que a senhora não concorda com aqueles que pedem a volta do regime militar ou qualquer tipo de solução fora da democracia. Estamos juntos no campo democrático.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. Kopittke. O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vou falar pelo PMDB, mas tenho certeza que as demais lideranças não precisam ser instadas a dizer que são contra golpes militares. O Ver. Kopittke era jovem ou nem tinha nascido na época; eu já sou mais velho, então posso falar disso. Eu sou sempre PMDB, consequentemente não preciso falar. Eu me socorro do seu vídeo e não preciso defender a Ver.ª Mônica Leal, muito menos esse movimento que não conheço, não participo. Mas, Ver.ª Mônica, eu não vi ninguém de máscara nesse movimento, está todo mundo de cara limpa! Eu não concordo em pedir golpe militar; impeachment só se surgir alguma coisa muito grave. Acho que ainda não é o momento, tem que fazer auditoria, não tem que fazer auditoria. Eu acho que o candidato que perdeu a eleição – eu votei no Aécio Neves no 2º turno – esclareceu muito bem, ontem, no discurso ele fez no Senado, quando disse: “Eu sou oposição intransigente até não apresentarem alguma coisa boa”. E que a Presidente da República faça uma investigação, como tem que fazer, nos petrodólares. Porque não é mais petrolão, é petrodólar porque saiu do Brasil! Isso tem filial nos Estados Unidos, tem filial em tudo. Então são petrodólares, não ficaram só aqui no real - isto é que tem que explicar. Isso, sim, Ver. Kopittke! Esse negócio de ditadura, eu acho que ninguém quer. Não deu nem lá na Venezuela, que é uma ditadura. Vossa Excelência não defende nem o que está, provavelmente. Mas lá não cabe ditadura, nem lá coube. E fizeram muito bem em não derrubar o Chávez, mesmo que a gente não comungue da mesma ideia do Chávez e nem do Maduro, mas houve a eleição. E se entrou nas eleições, tem que seguir as regras, tem que obedecer as regras, ganhe ou perca. Eu sou dessa opinião, senão não entra na eleição. Falar que essas manifestações são de uma ONG internacional, isso sé chover no molhado, porque essas ONGs que tem por aí, que ajudam o PT são muitas ONG internacionais, são muitas associações escusas. Aqui em Santa Cruz nós tivemos uma que levou ao suicídio vários agricultores. Isso é uma ONG genuinamente gaúcha, comandada por algum deputado, algum vereador, isso, sim, é ONG da sacanagem! Agora, essa ONG que aparece com nome de anticorrupção, eu estou nessa! Se for anticorrupção, eu estou dentro! Eu só não vou pedir impeachment e não vou pedir golpe militar, mas, dentro das regras legais do jogo, eu estou dentro! Contra a corrupção, eu estou dentro! Pode ser internacional ou não, porque de ONGs internacionais o PT está cheio e delas se usa e faz muitas coisas através das ONGs e das OSCIPs que cercam o PT.

 

(Manifestações na plateia.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Olha, pode analisar o que você quiser. E quando você quiser falar, aqui na tribuna, vá se candidatar. Veja se você tem voto para entrar aqui dentro, faça isso, mas respeite quem está falando. Não votei no mesmo candidato que você, então deixa assim. Aqui, nós vamos discutir aquilo que é para ser discutido: opinião, contestação de fatos, com argumentos. E nós não precisamos fazer força para estabelecer contestações de coisas que estão acontecendo.

O pior de tudo é isso que a incompetência do Governo Federal está fazendo com o aumento da gasolina. Isso é caso de polícia! Tem que prender esta presidente da Petrobras para o bem do Brasil! Como ela sai dizendo que aumento de gasolina se pratica, não se anuncia?! A serviço de quem essa senhora está? A serviço dos milionários, das distribuidoras de combustível?! É isso que ela está fazendo?! Isso, sim, Ver. Alberto Kopittke, tem que se explicar aqui! A serviço de quem está esse pessoal da Petrobras? Que anuncia, mas não anuncia, e o aumento da gasolina está generalizado em todos os postos de Porto Alegre, do Rio Grande e do Brasil. Para quem essa senhora trabalha? Não bastasse a corrupção que há na Petrobras, agora há favores! Favores para quem? Para as grandes distribuidoras de combustível, que encheram os tonéis, comprando barato da Petrobras, para a semana que vem, vender com aumento. Então, até não encherem os tonéis dos grandes grupos, ela não vai anunciar o aumento; depois anuncia. Eu não sei se esses grandes grupos não participaram da campanha. Eu estou desconfiado que participaram, Ver. Brasinha, pelo jeito que a Presidente está se portando, e não é só a Presidente, é Ministro da Fazenda, que já está demitido, e eu não sei o que está fazendo lá. A Presidente já demitiu esse Ministro, mas ele ainda está prestando um serviço.

Eu queria fazer referência a outra coisa aqui, Ver. Ferronato: o superintendente da ANP aqui em Porto Alegre, Dr. Edson Silva, foi fiscalizar os postos que vendiam gasolina barata em Caxias. Ele achou estranho isso. Ele não fiscaliza quem vende caro, ele fiscaliza quem vende barato! A serviço de quem está essa gente? A serviço de quem? Isso tem que ser respondido aqui. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Boa tarde, Vereador-Presidente dos trabalhos. Falo em oposição, então não pretendo responder as acusações que faz aqui o Ver. Idenir Cecchim, ao seu próprio Governo, porque, afinal, o PMDB é Vice-Presidente da República. Eu me impressiono cada vez que ele vem aqui, e eu sei que a Fernanda falaria a mesma coisa. O Cecchim parece que não tem nada a ver com o Governo Federal. Que essa força com a qual ele critica, por favor, que ela incida sobre o PMDB e corrija os rumos que ele considera equivocados, afinal, a segunda “caneta” do Brasil está na mão do PMDB. Eu acho que isso é possível falar, em nome da oposição.

Eu quero voltar ao tema que provocou a polêmica entre a Ver.ª Mônica e o Ver. Kopittke, mas pelo lado positivo. Eu acho que todo movimento que vem se manifestando nessa polêmica e nessa polarização que aconteceu na campanha eleitoral, que joga no questionamento do exercício democrático, é um movimento equivocado. Eu acho que o Brasil vive um momento extraordinário de experimentação democrática. O Brasil se deu conta que a regra do jogo não está boa, mas os cidadãos brasileiros, quando vão votar, mesmo indignados com o resultado muitas vezes, com a corrupção não combatida ainda como sonhariam, com as questões de segurança, em especial, da proteção da vida não resolvidas neste País, que tem uma herança de desigualdade e de produção de miséria humana profunda, o brasileiro vai às urnas sempre com a intenção de aprimorar a democracia brasileira. Acho que a pior resposta que este Congresso Nacional poderia ter dado a essa esperança foi, na segunda-feira, dois ou três dias depois do 2º turno, ter votado contra o empoderamento popular, ter votado contra a participação direta da população. Poderiam discordar que fosse um decreto, poderiam achar que não houve debate suficiente. Então, tranquem a pauta, proponham emenda, tentem explicação com a Presidenta Dilma. Mas, reprovar um movimento do Executivo de democratizar a sua ação, trazendo a população para dentro da produção da política pública, é uma resposta péssima do Parlamento ao grande exercício deste povo brasileiro para, através da democracia, modificar as suas condições de vida. E manifestações, ONGs, movimentos que dizem que os quartéis deveriam tomar conta é uma resposta péssima de setores – eu sei que muito minoritários, cada vez mais minoritários – a esse mesmo movimento de investimento na democracia. É preciso lembrar que, no meio do processo eleitoral, os movimentos sociais conduziram um plebiscito para manifestarem-se, plebiscito que não aconteceu durante eleições. Mas o amadurecimento democrático deve conduzir a isso quando votarmos para Prefeito, Governador e Presidente, para que possamos nos posicionar, para que os 140 milhões de brasileiros possam se posicionar sobre temas nacionais importantes para além de votar. Vejam que beleza: a cidadania brasileira promoveu, durante a eleição, um plebiscito, e exatamente sobre a democracia, indicando que ela deve se aprimorar, quase oito milhões de votos! Então, é lamentável, é irresponsável, é um revanchismo puro e simples a maioria do Congresso simplesmente votar, sem discussão, a toque de caixa, contra a participação popular, contra o empoderamento popular.

Ao contrário disso, nós defendemos que, cada vez mais, os processos de participação direta se ampliem, sejam empoderados, tenham incidência, inclusive, sobre os Parlamentos e, inclusive, sobre o Judiciário, porque não são só o Executivo e o Legislativo que precisam se democratizar, que precisam ouvir o povo! Eu duvido que qualquer brasileiro apoie os juízes que reivindicam e que votaram no auxílio-moradia. Nenhum brasileiro neste País, se consultado, daria apoio a uma exorbitância dessas num Brasil que tem mil problemas para resolver. Então, não é apenas um poder que necessita de exercício de democratização, de transparência, de processos republicanos instalados.

Quero encerrar a minha fala em nome da oposição dizendo que aqui há uma insatisfação enorme em relação à participação direta. Por mais que o Prefeito Fortunati, positivamente, se posicione, no jornal Folha de São Paulo, contra aquela votação contrária à participação popular, dizendo que aqui se pratica o Orçamento Participativo, nós estamos vendo aqui manifestações de toda ordem dos Conselheiros do Orçamento Participativo. Eles estão inconformados com o esvaziamento do empoderamento popular nas assembleias do OP, nos recursos sobre os quais podem incidir; as reuniões estão muito esvaziadas – as que eu pude acompanhar –, estão com um processo bianual, portanto, começaram a participar agora das plenárias, e sabe-se lá quando terão algum retorno da sua participação. E as decisões sobre acordos e sobre as grandes obras, sobre os grandes recursos estão nas mãos da Prefeitura! Todas essas obras na Cidade que estão paradas há um ano, há um ano e meio, em polêmica de custos, malfeitas... O que é essa obra aqui, na saída do centro da Cidade, para pegar a Av. Osvaldo Aranha? A gente não sabe para que lado a gente se atira de carro, porque, ou vai cair numa subida, ou tem que enfrentar o fluxo dos ônibus à direita, ou se jogar para o meio da obra, à esquerda. Isso não teve decisão com participação popular na Cidade. O grande recurso – estavam aqui agora a Procempa, o Sindicato da Procempa – da Prefeitura, de mais de R$ 5 bilhões, não tem a participação da sociedade. Então, eu acho que a gente precisa, muito mais do que discursar, estar mais à altura da cidadania manifesta nesta eleição, da grande polêmica, dos debates, dos embates de projetos que são positivos. Então, mais respeito à vontade popular, seja em Porto Alegre, seja no Brasil.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Apregoo Memorando nº 041/14, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que cumprimenta cordialmente a presidência e comunica que integrará a Reunião do Conselho Mundial da Internacional Socialista, que ocorrerá na sede da ONU, na cidade de Genebra, Suíça, no dia 11 de dezembro, conforme convocação em anexo. Tal participação ocorrerá sem qualquer tipo de ônus para a Câmara Municipal de Porto Alegre. O deslocamento se iniciará no dia 9 de dezembro, com retorno previsto para o dia 15 de dezembro, conforme passagem aérea em anexo.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Ver. Guilherme Socias Villela; Srs. Vereadores, colegas funcionários desta Casa, senhoras e senhores que nos assistem aqui e pela TVCâmara; eu faço parte da CUTHAB – Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação – e, às vezes, são necessidades básicas tão pequenas que nos trazem aqui, situações que deveriam ser direitos garantidos, como morar, ter transporte condizente e qualificado; isso, às vezes, se torna uma dificuldade, se torna uma luta de muitos anos. Alguns Vereadores estiveram comigo, ontem, no lançamento dos lotações para os bairros Restinga e Belém Novo. É uma luta antiga, uma luta que veio para esta Casa com projetos e muita luta da comunidade. Amanhã, às 6 horas da manhã, a comunidade do Extremo-Sul, lá de Belém Novo e da Restinga, poderá subir no lotação, num dos mais modernos. E modernos, senhores! Eu estive dentro lá, conversando com os motoristas, é um belo um espaço. Um parêntese: o Ver. Mario Fraga tem uma representatividade muito grande no bairro Belém de Porto Alegre. Ontem ele estava lá, e eu vi nos seus olhos, nos seus gestos, um sentimento de emoção e devoção à sua comunidade. Parabéns, Mario, por essa conquista de Belém Novo!

Eu estava retornando para cá – dei uma saída para atender um grupo de pessoas que veio falar sobre habitação – e, passando por aqui, fui atacado por um senhor que me disse que o Humaitá está a perigo, que o Humaitá está com toque de recolher, ou seja, mais um bairro na cidade de Porto Alegre com toque de recolher, mais um bairro da cidade de Porto Alegre com sentimento de insegurança, com sentimento de que os aprisionados são os moradores. E aí se fala em “bala na cara”, quadrilha isso, quadrilha aquilo. Vê-se hoje nos jornais que o Seco, assaltante de banco de Santa Cruz que impôs o terror nas estradas do Rio Grande e de Santa Catarina, hoje comanda do presídio uma nova facção, inclusive assaltos a veículos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. E aí nós subimos aqui, às vezes, e falamos que a Segurança do Rio Grande do Sul está nota dez! Não é verdade, senhores, não é verdade. Com todo respeito que tenho aos colegas e com a dinâmica de gestão do atual Governo, do seu Secretário de Segurança, alguma coisa está errada. No momento em que os bairros que nunca foram atingidos por essa onde de violência são atingidos, no momento em que bairros não podem abrir suas creches, não podem abrir suas escolas, não podem abrir seu comércio, e que a pessoa, antes de entrar na sua residência, tem que dar duas, três voltas na quadra, a Segurança está com algum problema, a Segurança pública está com algum problema.

Então espero, senhores, que o novo governo, o Governo Sartori, tenha esse sentimento de que segurança e educação têm que ser primordial, que deve haver investimento em educação e nos homens que fazem a segurança, pois investimento num trabalho e correto em Segurança pública é condição básica para que se tenha um governo com respeito e que se dê esse retorno desses 61%, 62%. Esse retorno virá no momento em que o futuro Governo investir e pensar um pouco mais de segurança do que o Governo passado. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu gostaria de me manifestar, já que estamos nos aproximando do final de ano desta Legislatura, sobre os avanços e melhorias que estamos experimentando na Casa e que nem temos tempo, muitas vezes, de observar. Então, eu quero iniciar esta fala me referindo às contribuições de interesse de todos da Casa, tanto no sentido de facilitar as atividades dos Parlamentares, quanto ao meio de planejar e oferecer acesso público à Casa, e o conjunto de atividades aqui realizadas diariamente.

Temos portas abertas com acesso universal, porém com portarias que foram concluídas, as suas obras mais seguras, garantidas por uma implantação de um novo sistema. Por outro lado, o acesso pela nova rampa também vem proporcionar uma melhor entrada para todas as pessoas, inclusive com dificuldades de locomoção. Quero ainda registrar que, depois de tanto tempo – nós temos muitas dificuldades com os computadores da Casa, inclusive eu não tenho notebook, até hoje não consegui –, foram providenciadas licitações e estamos na lista de espera para novos computadores. Com isso, visamos dinamizar o nosso trabalho, que é tão necessário hoje, porque, sem a informática, nós não conseguimos alavancar e dinamizar os serviços e atender bem a população.

Então, eu quero aqui deixar registrado esse conjunto de medidas positivas nesta gestão, e também dizer que tratei desse assunto, porque estou no contexto, envolvida com a Casa, como Presidente da Escola do Legislativo Julieta Battistioli, e que, mesmo com dificuldades de preencher os quadros existentes por falta de especialidade em Pedagogia, nós tocamos o trabalho com poucos funcionários, com dificuldades devido aos trâmites de utilização dos recursos, mas renovamos e reativamos convênios, buscamos novos convênios; visitamos as escolas existentes aqui em Porto Alegre, a escola da Assembleia Legislativa, a escola do Tribunal de Contas; firmamos bons convênios, como o da Fundação de Recursos Humanos, reativamos o convênio que era uma das nossas metas, o do ensino à distância, ainda necessitando de capacitação, de dinamização em si, vindo do Senado Federal.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Ver.ª Lourdes, eu quero cumprimentá-la pelo seu trabalho frente à escola, pela sua dedicação de resgatar alguns serviços para a Câmara de Vereadores, para os Vereadores, para a nossa Casa. O seu trabalho é um trabalho que não tem bônus, tem bônus para os outros, não para a senhora, mas dá muita satisfação pessoal, tenho certeza, pelas conquistas que V. Exa. está conseguindo e fazendo com que funcione dentro da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Parabéns, Vereadora.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Obrigada. Também quero destacar que nós tivemos um apoio do nosso Presidente da Casa, o Professor Garcia, que sempre recebeu todos os nossos visitantes com a formação de um novo convênio da Fundação Ulisses Guimarães, que está em trâmite; então também temos que reconhecer que o Presidente é importante para auxiliar para manter a escola do Legislativo Fala Vereador.

 

O Sr. Delegado Cleiton: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Um parêntese, Vereadora. Este é o momento para que as pessoas fiquem sabendo, e eu quero me somar ao nosso colega cumprimentando-a pelo belíssimo trabalho que a senhora tem direcionado aqui na Câmara e que a gente vê nas ruas. E é muito bom saber que um trabalho de um colega é bom, porque faz com que todos brilhem ao mesmo tempo.

 

A SRA. LOURDES SPRENGER: Obrigada, Vereador.

Ainda, dando sequência, queremos reforçar os convites que já foram enviados a todos Vereadores – nós intermediamos, numa ida ao Congresso que se realizou em Brasília, para que se realizasse aqui, pela primeira vez – para que participem do XXIV Encontro das Escolas do Legislativo e de Contas, que será aberto no dia 12, às 19 h, aqui no plenário, estendendo-se até os dias 13 e 14, com a vinda de escolas de todo o País, que somam mais de cem, e aqui deverão comparecer em torno de 80, mas será aberto ao público na sua abertura; nos demais dias, tendo em vista que será no Plenário Ana Terra, necessitará de inscrição.

Então, nos sentimos muito gratificados de conseguir realizar esse sonho, que era de a Associação Brasileira de Escolas Legislativas e de Contas realizar no Rio Grande do Sul esse evento. Estamos nos esforçando, os funcionários da Casa também estão dando todo o apoio para que esse evento tenha uma boa realização e que os nossos turistas, nossos visitantes sejam bem recebidos em Porto Alegre durante os três dias.

É esta mensagem que quero deixar aos senhores: que compareçam, prestigiem e que o novo Presidente dê continuidade a esse trabalho da Escola Legislativa – cada Presidente tem um ano de mandato, o meu encerra-se este ano, em dezembro.

Da programação, quero destacar que estarão aqui para tratar do Portal Modelo as Escolas dos Legislativos e de Contas na Rede, a cargo de Deborah Andrade e Luiz Carlos Santana; as Escolas dos Legislativos e de Contas, Suas Redes: Experiências e Desafios, de Guilherme Wagner Ribeiro, de Minas Gerais; e Ações de Educação para a Cidadania e Controle Social, que será apresentada por Sandro Bergue, conhecido diretor da escola do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.

Também hoje, às 19h, aproveitando o nosso espaço, pois a Câmara tem um belo estande na Feira do Livro, nós estamos ocupando esse espaço com escritoras; ontem, ocupamos com a Frente Parlamentar; hoje, estará a Escola Legislativa divulgando esse evento, a importância de uma Escola Legislativa para capacitar seus funcionários. E queremos chegar a promover cursos também para os nossos Vereadores. Todos estão convidados e serão bem-vindos ao nosso evento. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver.ª Lourdes. O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ALBERTO KOPITTKE: Caros colegas, venho aqui, no período de Comunicações, para tratar de um assunto que, na minha opinião – Ver. Brasinha, essa conquista a que vou fazer referência é sua também – é a conquista mais importante dos últimos 30 anos do Rio Grande do Sul! Eu achei que o Vereador que me antecedeu, Ver. Cecchim, iria fazer um agradecimento ao Governador Tarso Genro, que fez a renegociação da dívida do Estado do Rio Grande do Sul. Ele desfez a tragédia que o PMDB construiu no Rio Grande do Sul, durante o Governo Britto, juntamente com o PSDB, em nível nacional, com o Governo FHC, que, durante 20 anos - Delegado Cleiton, que fez referência aos problemas da segurança -, teve um profundo impacto em todas as áreas do Rio Grande do Sul; todas: segurança pública, saúde, crescimento, emprego! E isso só ocorreu porque o contrato da dívida que o Sr. Governador Antônio Britto, do PMDB... E o PMDB não gosta muito de dizer que ele é do PMDB, sempre tentam, nas campanhas, colocar um coraçãozinho, um abraço, e tal, escondendo o logotipo do PMDB. Acho que eles têm vergonha da história aqui no Estado, do acordo da dívida que encalacrou o Rio Grande do Sul desde 1998. Pois essa dívida comprometeu as finanças do Rio Grande do Sul, e ela, hoje, está oito vezes maior do que era no dia em que o Sr. Governador Britto assinou-a, junto com o FHC, uma dívida que foi quase um atestado de óbito para o Rio Grande do Sul. Mas o Rio Grande do Sul ressuscitou as suas finanças, graças à renegociação feita ontem, que derrubou partes da Lei de Responsabilidade Fiscal que o Governo FHC tinha feito para os Estados não poderem mais buscar recursos para os seus investimentos, e, com ela, ainda drenou parte da Receita do Estado. E eles até ficaram brabos, porque não conseguiram vender o Banrisul, na época. Mas, ontem, essa injustiça histórica foi desfeita, e o Rio Grande do Sul renegociou a sua dívida. E eu quero, aqui, frisar, assim como todos os jornais fizeram hoje, a grandeza do Governador Tarso Genro, que por três anos liderou esse processo em nível federal, foi a São Paulo, falou com o Prefeito de São Paulo, que é o segundo órgão público mais endividado, buscou os demais Governadores, construiu a participação, e enfrentou o capital especulativo, que anunciou que rebaixaria a nota do Brasil caso essa renegociação fosse feita; aquelas agências de risco que adoram fazer isso - agora, inclusive, durante a campanha, elas estavam lá, dizendo que o Brasil ia quebrar, derrubando a Bolsa, fazendo política. Eu não sei por que os banqueiros não gostam do PT. E, quando o Aécio subia, a Bolsa subia também. Deve ter alguma coisa de interesse, não sei se dos banqueiros, das petroleiras. E, sobre a Petrobras, o senhor fique tranquilo, porque ela não vai virar Petrobrax, como o senhor queria, ela não vai ser da Shell, das grandes petroleiras. Não se preocupe, ela vai continuar estatal, não vai ser privatizada, não vai virar Petrobrax. E o senhor pode ter certeza que todos, inclusive os do seu partido, que cometeram equívocos, vão para a cadeia. Não se esqueça que boa parte dos que estão lá na tramoia da Petrobras, além do PT, também são do seu partido.

E nós temos que fazer a reforma política. Porque não adianta ficar aqui falando sobre corrupção e ser contra a reforma política. É hipocrisia! Nós temos que mudar o modelo de financiamento. É um jogo sério!

O meu tempo está encerrando, mas quero dizer que o Rio Grande do Sul ressuscitou, e o Governador Tarso, mesmo tendo sido derrotado nas urnas, o que é legítimo, porque assim a população quis, é democrático, e nós reconhecemos o resultado como absolutamente legítimo - não sei se o senhor quer recontar os votos aqui também, no Rio Grande do Sul, eu não quero, porque, em eleição, a gente reconhece quando ganha ou quando perde -, teve a grandeza de seguir a luta pelo Estado, com essa grande conquista deste valor de R$ 30 bilhões que retornará para o Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado. O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, primeiro, quero agradecer ao Líder do Governo, Ver. Mario Fraga, pelo tempo, e dizer que vou falar em nome do PMDB.

Quero lembrar o Ver. Alberto Kopittke de que ele precisa fazer um exame com o próprio pai, porque parece que ele é surdo! Ele que vá até a Surtel e faça um exame auditivo, porque ele não está ouvindo o que a gente diz. Eu nunca pedi para recontar voto, isso não é do meu sistema.

E eu até ia elogiar a transição do Governador Tarso Genro, que, educadamente, fez o que deveria fazer; ao contrário do que o PT fazia, quando limpava os dados dos computadores - na Prefeitura, apagaram tudo, no Governo Rigotto também, agora, parece que o Tarso Genro não vai apagar, colocou os Secretários à disposição. E eu conheço o Pestana, ele é um homem de bem. Tenho certeza de que, dessa vez, os dados que interessam nos computadores não serão deletados.

Também quero dizer que a negociação de ontem não fez voltar nenhum real para o Rio Grande do Sul. Ver. Kopittke, vá se informar antes de falar! Ou não sabe ou está de má-fé. A dívida será reduzida somente lá em 2028! E renegociar dívidas é obrigação de qualquer Governador. Tanto é que lá estavam todos os Governadores que têm dívidas nos seus Estados, não só o Tarso Genro. Então, ele fez o que era sua obrigação, não fez nenhum favor! Mas eu o elogio, pela primeira vez, pela sua postura na transição. Eu confio que ela será descente.

Quanto aos parceiros da Petrobras, não fui eu que os coloquei lá; quem os colocou foi o PT, que está abraçado no Sarney, no Calheiros e nos ladrões da Petrobras também! No Rio Grande do Sul, nós fomos contrários à indicação dessa gente, e contra essa roubalheira! Então, que o Ver. Kopittke não venha “pregar moral de cuecas”, pois aqui não é o lugar! “Vamos dar a César o que é de César”! A transição de Governo está indo bem, agora, não foi devolvido nada de dinheiro para o Estado! O bom seria que o Governador Tarso Genro soubesse de onde puxar os R$ 5 bilhões que ele retirou do caixa do Judiciário e devolvesse para o caixa do Governo Estado. Isso, sim, seria uma reconquista. Mas não: o dinheiro sumiu e não voltou! Gastou mal! Porque não fez nenhuma obra, não diminuiu a dívida, só tomou dinheiro dos depósitos judiciais e o gastou: R$ 5 bilhões! Se o Governador Tarso Genro tivesse devolvido isso, aí, sim, o Ver. Kopittke poderia vir a esta tribuna para agradecer alguma coisa. Não tem nada que agradecer uma coisa que é da obrigação de um Governador fazer. Então, vamos parar com essa bobagem. Hoje é quinta-feira, o Ver. Kopittke já fez o teatro dele aqui, já foi embora, mas nós não podemos deixar passar batido que ouve alguma coisa miraculosa. Não! Houve o primeiro passo. O importante mesmo era não ter colado a mão nos depósitos judiciais do jeito que foi colocado. Com isso, o Governo aumentou a dívida. E quem fez o aditivo, que gerou o aumento da dívida - ela era de 11% e passou para 13% -, alega que foi para salvar o Banrisul. Mas aí eles vêm com essa balela de que vamos privatizar o Banrisul. O que é isso? No Governo Federal fizeram uma privatização escondida, quando venderam a Petrobras para o Eike Batista! Mas isso eles não falam! Que negócio é esse de não entregar para a Texaco? Entregaram para o Eike Batista, que tomou dinheiro do BNDES. E cadê esse dinheiro? Então, como é que vem falar de desvio, de privatização?! E eu entendo que, quando a privatização é bem feita, seja para fazer aeroporto, seja para desenvolver, ela é bem-vinda. Mas eu acho que não querem privatizar nada lá, porque é lá que têm as fontes de financiamentos.

Quanto à reforma política, eu quero dizer que eu nunca fui contra; pelo contrário, acho que tem que mudar mesmo. Começando por alguns deputados do PT, que encheram a Cidade, o Rio Grande, de cavalete. Falam de reforma política, mas pegaram financiamento de tudo. É só verificar os grandes doadores para as campanhas do PT. É só seguir a ordem de doações que vocês vão ver quanto cada deputado, quanto cada candidato a Governador e quanto cada candidato a Presidente da República ganhou da iniciativa privada. Vamos parar de botar a mão no bolso dos outros para depois “pregar essa tal moral de cueca” que querem pregar aqui, Ver. Kopittke.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Ver. Guilherme Socias Villela, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste, começo por este último assunto trazido pelo Ver. Idenir Cecchim, pela Ver.ª Sofia e pelo Ver. Kopittke. Eu acho que privatizações já não cabem mais nem no nosso Estado nem no nosso País; o que cabem, sim, são as Parcerias Público-Privadas. Eu acho que daqui para frente todos os Governos devem pensar nas Parcerias Público-Privadas. Porque todos nós sabemos que os Governos Municipal, Estadual e Federal não têm dinheiro mais para obras. Então, temos que pensar nas Parcerias Públicas-Privadas. O assunto que me traz aqui novamente é para enaltecer o Governo Fortunati pelo que ele fez para a nossa Região - uma Região da Cidade da qual eu pertenço, na qual eu convivo e vivo, que é lá no Extremo-Sul, Belém Novo e Restinga, onde foram apresentadas ontem as lotações. Por isso, hoje faço o pronunciamento para dizer que, a partir do dia 07 de novembro, às 6h, sairá o primeiro lotação da Restinga e o primeiro lotação de Belém Novo. Então, no próximo dia 07 de novembro, os lotações Belém Novo e Restinga entram em operação - já foram apresentados à comunidade.

Eu queria aqui resgatar a luta da comunidade da Restinga, através do César Ribeiro, através do Reginaldo Pujol, que começou aqui. A luta de Belém Novo, que começou lá em 1988 e, depois, quando consegui chegar aqui na Casa, em 1994. Foi uma luta também conquistada através do Sr. Breno Almeida, da Dra. Raquel, do Sr. Francisco, da Ponta Grossa, da Dra. Ieda, do Sr. Dinar, de grandes companheiros lá de Belém Novo que vieram aqui e conseguiram, naquele dia da votação do projeto, trazer um ônibus com pessoas para ocuparem as galerias, Ver. Dr. Thiago, e conseguimos votar. Aqui na Câmara, para votar um projeto, a participação da comunidade é muito importante, pois cada um dos os 36 Vereadores têm os seus interesses. Ver. Tarciso, ontem, até um Vereador, em tom de brincadeira, disse: “Quer aprovar um projeto? Bota cinco pessoas ali nas galerias”. O Ver. Tarciso sabe que é verdade, não é? Quer aprovar um projeto, bota cinco pessoas ali nas galerias que normalmente se aprova. Não é uma regra, mas normalmente se aprova. Ver.ª Sofia, talvez seja uma força de expressão, não estou dizendo que é o normal aqui na Casa, mas que tem uma pressão, tem. E também, Ver.ª Lourdes, quando é uma pressão popular, é uma coisa para a comunidade, estou falando nesse sentido. Quando é um fato, uma decisão que irá beneficiar a comunidade, Dr. Raul, então é só trazer as pessoas até aqui.

Todos nós, Vereadores, trabalhamos por qualquer comunidade. Eu trabalho um pouco mais na minha, mas não é por que eu trabalhe mais na minha que eu não vá fazer alguma coisa pelos bairros Lindóia, Santana e Farrapos. Eu trabalho para toda a Cidade, mas, às vezes, uma parte do segmento é a nossa mais próxima, como nós aqui: eu e o Ver. Paulinho, que representa tão bem a minha comunidade de lá, como eu represento, que é morador como nós; o Ver. Engº Comassetto, o Ver. Dr. Thiago, o Ver. Delegado Cleiton que estão sempre lá. Então, nós representamos um segmento mais forte naquela Região...

 

(Aparte antirregimental do Ver. João Bosco Vaz.)

 

O SR. MARIO FRAGA: Ver. João Bosco, sempre nos ajudando e sempre ligado na área do esporte. E quero frisar, então, esse projeto do Executivo, do Prefeito Fortunati, de que o Vereador, hoje Secretário, Luciano Marcantônio participou ativamente, fazendo diversas reuniões com diversos Vereadores.

E, por fim, no próximo dia 7 de novembro, às 6h da manhã, Delegado Cleiton, nós teremos a primeira viagem do lotação saindo de Belém de Novo, bem como da Restinga.

 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. MARIO FRAGA: Não, não estarei lá às 6h da manhã, porque eu não sou demagogo e não faço demagogia nesta Casa, Vereador. E, talvez por isso, eu não faça tantos votos, e seja Suplente sempre. Mas eu me orgulho, Ver. Tarciso, de ser Suplente e, cada dia que eu entro aqui nesta Casa, eu me orgulho bastante dos 3.286 votos que fiz, e durmo muito tranquilo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde, Presidente, Vereadoras, Vereadores – estou rindo, porque eu fiz uma brincadeira com a Ver.ª Sofia –, eu fico muito contente quando os bairros mais necessitados de Porto Alegre começam a ganhar aquilo de que o povo tanto precisa. Para mim, é um motivo de muita alegria, independentemente de voto. Cada bairro de Porto Alegre que recebe coisas boas para que o povo possa se locomover, vir para o Centro, trabalhar, voltar tranquilamente para os seus lares, para mim, é um motivo de alegria. Eu sempre busquei trabalhar em prol de Porto Alegre. Na verdade, eu sou nada mais, nada menos do que um fiscal de Porto Alegre, assim eu fui eleito pelo povo para ser este Vereador que eu sou, para ser um fiscal de Porto Alegre. Há muitas demandas na Zona Sul, na Zona Norte, no Centro de Porto Alegre, nas nossas ilhas maravilhosas – esquecidas –, que tanto precisam. Eu sempre tenho batido muito na nossa “rua da praia”, uma das mais famosas de Porto Alegre, que não tem praia, Dr. Raul, mas ali teve praia há muitos e muitos anos. A iluminação precária - estou sempre cobrando. Para aquilo que é bom, para o que as Secretarias fazem, eu estou sempre fazendo elogios. E assim vai ser a minha vida política enquanto eu estiver aqui: criticar e elogiar! A gente pede muito em prol do calçamento do Centro de Porto Alegre – da Esquina Democrática, do próprio Largo Glênio Peres, da rua da praia, saindo da esquina democrática até o Gasômetro. Eu caminho muito no Centro, onde há 14 anos. Eu também tive escolinhas de futebol, fiz um trabalho social nas comunidades, assim como na Ponta Grossa, Chapéu do Sol, Tristeza, no Sesc – na Protásio Alves –, na Rua Dea Coufal, em vários lugares, no Sarandi, junto com o Jurandir. Nós fizemos um trabalho social muito grande, convivemos muito com a comunidade. Inclusive, no Chapéu do Sol, eu trabalhei durante quatro anos, pela Secretaria de Esportes – está aqui o João Bosco que era o nosso Secretário de Esportes –, eu almoçava lá com eles. Então quando eu venho aqui pedir, venho pedir para Porto Alegre! A gente anda nesta Porto Alegre, assim como muitos Vereadores, e sabe das dificuldades, não é do bairro A ou bairro B – tudo bem que a gente tenha uma afeição um pouquinho maior pelo bairro A ou pelo bairro B, mas, na verdade, eu me considero um Vereador de Porto Alegre. Não importa quem votou em mim, o que importa é que eu estou aqui hoje. Eu sou um fiscal de Porto Alegre. Eu estou aqui para ajudar nas demandas que as comunidades têm, nos seus anseios, para que possam chegar ao Centro, trabalhar e voltar a suas casas no final do trabalho tranquilamente.

Essa é a minha fala. E vou continuar, se Deus quiser, nesses dois últimos anos de mandato que ainda tenho na cidade de Porto Alegre, como Vereador, lutando para que as coisas boas aconteçam em todos os bairros de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, como esta semana foi de emendas populares, eu quero fazer o registro sobre o Orçamento e sobre uma demanda que está colocada para os Vereadores, para o Relator e que fará parte do nosso debate.

Nós tivemos uma organização – eu fiquei contente –, através do Sindicato dos Artistas, da Cia. de Arte, da Casa do Artista, apresentando emendas populares para pequenos reparos, preocupados que estão, por exemplo, com os teatros da Cidade – de novo –, pois nós estamos com teatros fechados, com teatros em situação de risco. Então, há emendas, todas pequenas e auxiliadas pela Diretoria Legislativa, para fins de reparos nas salas de espetáculos, de complemento para o mausoléu da Casa do Artista. Parece uma bobagem, uma coisa esquisita, mas a Casa do Artista Riograndense, que apoia, que acolhe artistas idosos que não tiveram como providenciar a sua previdência, exatamente porque seus recursos não são continuados, são baixos na sua vida profissional, na época em que foi constituída, foi doada uma área no Cemitério São João. Eles têm um terreno, e ali já tem um projeto muito bonito para ser não só um espaço para sepultamento, mas uma obra de arte desenhada pelo artista Vinicius Vieira. A Casa do Artista está esperando receber o recurso da emenda do ano passado, e as entidades fizeram uma nova emenda. São emendas modestas, R$ 20 mil mais R$ 20 mil, para ver se nós completamos o mausoléu da Casa do Artista. Nós temos artistas, infelizmente, como o Giba Giba, que faleceram e estão em túmulos emprestados, mas as famílias querem que seus restos mortais sejam transferidos para o mausoléu da Casa do Artista. É uma homenagem importante para os nossos artistas, além de uma ação social significativa. São os próprios artistas que organizam e apresentam a esta Casa, e eu espero que haja sensibilidade do relator e, depois, o desempenho da Prefeitura no sentido de cumprir essa construção que os artistas fazem de forma tão zelosa. Parece-me que são quatro ou cinco emendas nesse sentido, importantes de terem a nossa atenção coletiva, mas também o nosso apoio político junto ao Governo Municipal para que desembolse. A Companhia de Arte, um prédio conquistado com muita luta pelos artistas – lá funcionam várias entidades da Cultura -, já tem o projeto e precisa de recurso do PPCI. No nosso passado, nós designamos uma emenda para isso, para fazer a prevenção de incêndios. Hoje, passando pela Rua da Praia, nós vimos uma situação gravíssima, um botijão que estourou em um restaurante, uma pessoa saiu queimada. Nós não queremos que aconteça nada disso em um prédio superimportante para a cultura gaúcha. Nós estamos solicitando uma agenda com o Vice-Prefeito, para que essas emendas do ano passado, de fato, sejam priorizadas, respeitadas pelo Governo Municipal e haja o desembolso. E são todas dessa forma, lutadas e direcionadas para questões relevantes da Cultura.

E tem um tema que foi trazido pelo Sindicato dos Artistas, pela Casa do Artista, pela Companhia de Arte, pela Associação dos Cineastas do Rio Grande do Sul – Giba Assis Brasil –, pela associação dos escultores, houve várias manifestações culturais dos escultores, que estão questionando - Ver. Villela, e a sua Comissão vai trabalhar nisso - os valores do Fumproarte, que é um Fundo de financiamento direto da Cultura, da primeira produção cultural, que viabiliza aos artistas o seu produto cultural e que está com um valor ilegal, porque é um valor muito abaixo do Funcultura, porque a Lei do Fumproarte diz que este tem que ter o mesmo valor que o Funcultura. Digamos que fosse um valor extraordinário, são R$ 700 mil, e isso é muito pouco para financiar os artistas, as obras da nossa Cidade. Portanto. Acho que nós, nesta Casa, podemos fazer uma construção coletiva, sei que vários Vereadores estão envolvidos, da base e da oposição, espero que a gente faça uma bela construção em homenagem à luta dos nossos artistas que tanto são essenciais para nossa qualidade de vida, para a nossa capacidade de representar, de pensar o mundo, de sonhar.

Muito obrigada, Luciano, em teu nome, eu quero agradecer à classe artística e pedir esse apoio ao conjunto da Casa. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, quero cumprimentá-lo, cumprimentar todos os colegas Vereadores e dar continuidade ao convite que já fez o meu colega Ver. Mario Fraga para, amanhã, estarem todos juntos no processo que se inicia dos lotações nas linhas Belém Novo e Restinga. Quero repetir aqui que me sinto muito grato, como autor do projeto que propunha os lotações para a Restinga e Belém Novo, com a coordenação do Luciano Marcantônio, do Mario Fraga, do Bins Ely e vários outros colegas, pois fizemos a fusão dos projetos no projeto do Governo e que resultou... Eu gostaria que, quando há dois ou três projetos similares, que pudéssemos fazer esse diálogo, essa construção, porque quem ganha é a sociedade. E essa foi a fala do Ver. Cleiton ontem lá na Restinga, o que interessa é o resultado e a sociedade se sentir satisfeita, valorizando o trabalho de um Parlamento em que as iniciativas dos Vereadores são canalizadas para um potencial. Quero aqui dizer que mesmo sendo do bloco de oposição, dialogamos com o Prefeito Fortunati, fizemos essa construção, e a Cidade sai ganhando. E eu gostaria muito de dizer que a lei que aprovamos, Vereadoras e Vereadores, remete ao fato de que agora, em agosto, venceu o prazo que a Prefeitura tinha para fazer um estudo para ampliar as linhas de táxi-lotação em toda a cidade de Porto Alegre. E nós temos, sim, que defender os lotações porque não concorrem com os ônibus; os lotações tiram carros das ruas. E como as nossas ruas estão congestionadas, é uma maneira de melhorar o transporte público com qualidade e ajudar na mobilidade urbana.

Dito isso, essas linhas de lotações estão abrindo um conjunto de trabalhos para novos operadores, sejam eles motoristas, fiscais, cobradores, mecânicos.

E o IBGE lançou ontem os dados sobre desemprego: novamente o desemprego cai no Brasil. O desemprego, no Brasil, apresenta as menores taxas. E aqui na região Sul, onde nós somos um dos três Estados, temos a menor taxa de desocupação do Brasil, com 4,1% de desocupados. Isso é resultado, sim, de uma política de desenvolvimento econômico e inclusão social. E a Presidente Dilma, que foi vitoriosa, tem o grande desafio, nesse próximo período, de fazer as correções não só dos projetos relacionados às questões sociais, dos projetos de desenvolvimento econômico, na potencialização da infraestrutura, num combate permanente e acirrado contra a corrupção – essa é uma das bandeiras que tem que ser de toda a Nação! Ver.ª Fernanda Melchionna, a corrupção é uma herança do Estado brasileiro, e durante o Governo do Presidente Lula e da Presidente Dilma foram realizadas 1.280 investigações. O resultado disso é que tem 15 mil pessoas presas. Isso tem que ser dito. Porque quem quer combater a corrupção, Sr. Presidente, tem que estar presente. E aí, doa a quem doer; seja do meu, seja do seu, seja do Partido de quem for. Corrupção não pode ter mais espaço na vida pública. Portanto esse é um dos desafios, e o outro grande desafio que temos são as reformas. Temos que fazer a reforma política, temos que fazer a reforma tributária, temos que melhorar o pacto federativo, a relação entre os Municípios, Estado e União. E eu quero convidar todos os Vereadores desta Casa, os Vereadores do PMDB, os Vereadores do PDT, os Vereadores do PTB, os Vereadores do PCdoB, os Vereadores de todos os Partidos que compõem a base de sustentação da Presidente Dilma, para que nós possamos trabalhar aqui em Porto Alegre, em conjunto, para defender a Presidente Dilma, qualificar os seus projetos e auxiliar na sua implementação. Esse é um desafio que também está em nossas mãos. Um grande abraço. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, Ver. Villela, nosso sempre Prefeito; na pessoa de V. Exa. quero cumprimentar as demais Vereadoras e os Vereadores, público que nos assiste das galerias e pela TVCâmara. Senhoras e senhores, venho a esta tribuna fazer algumas considerações, inclusive sobre alguns estudos que temos feito relacionados a essa homenagem que nós prestamos aqui, por iniciativa do Ver. Nereu D’Avila, ao Miguel Velásquez, primo do nosso Ver. João Bosco Vaz, que fez a intervenção em nome do proponente que não estava em condições de saúde. A partir dali, recordei daquelas rodadas que nós fizemos no Ministério Público relativas às calçadas, quando ainda era Secretário do Planejamento. E nessa semana, casualmente, nos surgiu aqui uma demanda por parte das pessoas portadoras de deficiência, por isso essa correlação com as calçadas. Está fundamentando um estudo, por parte da nossa equipe jurídica, em conjunto com o nosso gabinete e com o nosso mandato, que diz respeito à aquisição de automóveis por pessoas portadoras de deficiência, Ver. Dr. Raul. Nós temos lá no rol da legislação, 29 tipos de deficiência física que permitem que a pessoa deficiente adquira automóveis com isenção de IPI, ICMS e outros impostos; conforme a legislação e o tipo de deficiência, há uma determinada isenção, podendo ser todas, inclusive. O que acontece? Qual é o pré-requisito, Ver. Brasinha, para que a pessoa portadora de deficiência compre um automóvel com alguma isenção? O primeiro requisito: tem que ter carteira de motorista. Mas, Sr. Presidente, como uma pessoa portadora de deficiência, que precisa de um carro adaptado para dirigir, vai fazer a autoescola se lá não tem o automóvel adaptado? Só se a autoescola tivesse 29 tipos de carros adaptados para aquela pessoa, para aquele cidadão fazer seu teste para a carteira de motorista. Então, o que aconteceu? Essa regulamentação, que se deu lá por uma Instrução Normativa - que é menos que um decreto -, Ver. Lourdes, estabeleceu o seguinte: a pessoa portadora de deficiência que não tiver carteira de motorista não compra carro com isenção. Como ela vai fazer para aprender a dirigir? Registro as presenças do Presidente e da Vice-Presidente da Zonal 114, do PDT, que nos honram, o Ataídes e a Helena; obrigado por estarem aqui em nossa Sessão, compartilhando a nossa ideia na tribuna. Trago essa questão que envolve as pessoas portadoras de deficiência, porque o nosso Governo teve o compromisso e criou, sim, a Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social, porque nós queremos instituir políticas públicas para favorecer as pessoas que precisam. Então quero dizer que estamos organizando o nosso gabinete, está aqui o Ver. Sabino, que também é advogado, para nos ajudar a fazer uma Ação Civil Pública - os Vereadores que quiserem subscrever conosco, sintam-se à vontade. Porque, pelo menos, para a aquisição do primeiro automóvel, não pode ser exigida a carteira de motorista, porque o cidadão vai comprar o automóvel adaptado para aprender a dirigir. Temos aqui um colega que nasceu sem um braço, como ele vai dirigir um carro com marchas? Queria deixar esta contribuição da tribuna. Agradeço ao Ver. Dr. Thiago que me cedeu o tempo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Obrigado, Ver. Márcio Bins Ely. Não há mais inscritos em Comunicações.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1489/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 140/14, de autoria do Ver. Alberto Kopittke e da Verª Jussara Cony, que obriga a distribuição dos medicamentos constantes da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remune), da Secretaria Municipal de Saúde, em farmácias de unidades de saúde ou distritais, da rede básica de saúde municipal.

 

PROC. Nº 1402/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/14, de autoria do Ver Dr. Thiago, que concede a Comenda Porto do Sol à senhora Rita de Cássia Bernardes Carvalho.

 

PROC. Nº 2318/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 216/14, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Alexandre Alvarez Gadret.

 

PROC. Nº 2378/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 219/14, de autoria do Ver. Elizandro Sabino, que denomina Rua Ulysses do Nascimento Lopes o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Sessenta e Oito – Loteamento Mânica Lavoura –, localizado no Bairro Campo Novo.

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Não há inscritos para discutir a Pauta.

O Ver. Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Villela; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna em tempo de Liderança do meu partido, dos Vereadores Cassio Trogildo, Elizandro Sabino, Paulinho Brum e Roni, para lembrar que também em Porto Alegre o final do ano está chegando e as coisas estão acontecendo, e muitos não veem, principalmente a oposição que é contra tudo. Mas, Ver. João Bosco, tu sabe porque foi um extraordinário Secretário, e sempre que puder, eu vou te elogiar, porque realmente tu fizeste muito na Secretaria do Esporte, mesmo sem orçamento. Fiz uma brincadeira com o Delegado Cleiton e quero me desculpar por isso. Quero falar, Ver. Villela, na cidade de Porto Alegre, principalmente do bairro Passo D’Areia, da Vila do IAPI, que é a melhor vila do mundo, como costumo dizer. É uma vila dentro da Cidade, onde cada um tem seu puxadinho, todo mundo mora lá: é pai, o avô, a neta, o neto. Assim foi se formando a família lá no IAPI, que vem crescendo a cada ano. Mas as coisas acontecem, e nós temos um belíssimo parque ali que é o Parque Alim Pedro, onde nós conseguimos trabalhar e levar uma demanda, Professor Raul, para lá, que foi uma contrapartida ambiental da OAS. A OAS podia escolher qualquer lugar, mas graças ao nosso entendimento e a aproximação que a gente tem com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, juntamente com o meu amigo, Eduardo de Souza Pinto, conseguimos fazer o Parque Alim Pedro tornar-se uma realidade. Isso é muito importante, porque lá era muito carente, o parque estava muito desgastado e hoje é de Primeiro Mundo. Nós temos que conseguir mais, a academia da saúde e fazer o segundo módulo do vestiário para os professores. O João Bosco era Secretário, ele trabalhou muito pelo esporte, eu sou um defensor do esporte e a qualificação daquele parque lá foi muito importante. Então, não podemos parar por aqui, tem que ter manutenção, visibilidade, colocar a iluminação necessária. Então, eu quero só lembrar o quanto é importante a Vila do IAPI para Porto Alegre, lá é uma vila das melhores. Já teve gente famosa de todos os lados, como a Elis Regina, que foi famosa no Brasil todo. Eu acho que as coisas têm que acontecer.

Quero dizer, Villela, que o senhor, quando foi Prefeito, plantou muitas árvores em Porto Alegre, inclusive no IAPI. O povo do IAPI lhe agradece por isso, porque fez um trabalho muito bom na Prefeitura. Eu, realmente, pouco lhe conhecia, mas depois, quando cheguei em Porto Alegre, lá pelo ano de 1979, eu fui morar no IAPI, e ali comecei a conhecer a sua bonita história: o homem que mais plantou árvores dentro de Porto Alegre, mais de um milhão de árvores; o senhor realmente merecia uma estátua na entrada de Porto Alegre!

Então essas são as minhas palavras. Quero dizer que sou muito feliz, mas quero conquistar mais coisas para o nosso Bairro, para a nossa Vila, para a nossa rua, para a nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Guilherme Socias Villela): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h17min.)

 

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